Trabalhadores da Embraer entraram em greve por tempo indeterminado nesta terça-feira (24) na unidade de São José dos Campos (SP).
A paralisação foi aprovada por funcionários do 1° turno, que não entraram para trabalhar - ainda acontecerão assembleias com trabalhadores do administrativo e 2° turno nesta terça.
A greve foi desencadeada após um impasse na campanha salarial dos trabalhadores do setor aeronáutica. Sem acordo, a Embraer decidiu aplicar, por liberalidade, um reajuste de 3,28% nos salários dos trabalhadores das unidades de São José dos Campos e Taubaté.
O reajuste aplicado pela Embraer, a ser pago já neste mês de setembro, considera a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).
Por outro lado, a categoria pede 3% de aumento real, reposição da inflação e renovação das cláusulas sociais sem a retirada de direito dos trabalhadores.
A discussão sobre o reajuste envolve também outras empresas do setor aeronáutico e que são representadas pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). São elas a Latecoere, em Jacareí; e Sonaca, Pesola, Alestis e Aernnova, em São José dos Campos.
A Embraer informou que irá aguardar a assembleia com o administrativo para se posicionar sobre a paralisação.
Impasse
A Embraer diz que o sindicato sequer apresentou a última oferta feita pela Fiesp aos trabalhadores. Essa proposta contempla o pagamento de um abono no valor bruto de R$ 4 mil ou o reajuste pelo INPC. A informação é rebatida pelo sindicato.
Essa mesma proposta da Fiesp, que prevê o pagamento do abono, foi aprovada em plebiscito pelos trabalhadores da fabricante em Botucatu - lá os trabalhadores vão receber abono de R$ 4 mil, cada um. O acordo foi mediado pelo sindicato da cidade.
Os trabalhadores de unidades e escritórios da Embraer em São Paulo, Campinas, Gavião Peixoto e Sorocaba também só vão receber, por enquanto, a correção salarial da inflação.
Fonte: G1 Vale do Paraíba e Região (Texto e imagem copiados na íntegra)